COMITÊ PARA A NORMALIZAÇÃO INTERNACIONAL EM MINERAÇÃO - CONIM
O IBRAM, por meio do Comitê para a Normalização Internacional em Mineração(CONIM), desenvolve uma série de atividades para apoiar o uso de normas técnicas na mineração (ISO e ABNT). Estas normas são de suma importância para os fornecedores e consumidores de bens minerais, uma vez que são usadas para quantificar as características de qualidade destes bens, sobre as quais se faz o cálculo de faturamento, prêmios e multas de cada carregamento. O CONIM faz parte da Diretoria de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do IBRAM.
O IBRAM-CONIM foi criado na estrutura do IBRAM em 1994, por solicitação das empresas brasileiras de minério de ferro, com a função exclusiva de coordenar, dar suporte de secretaria, fortalecer e incentivar a participação destas empresas nos trabalhos de desenvolvimento das normas ISO e ABNT. Em 2007 o CONIM ampliou ainda mais seu leque de apoio e passou a coordenar também a participação das empresas brasileiras produtoras de minério, concentrados de cobre e níquel e ligas de níquel. O CONIM possui orçamento próprio, sendo as empresas usuárias dos trabalhos do CONIM (produtoras e exportadoras de ferro, cobre e níquel) as responsáveis pelo custeio do Programa e, independente da contribuição como sócias do IBRAM, por se tratar de programa especial na estrutura do Instituto e direcionado unicamente para atender estas empresas. A contribuição financeira de cada uma é baseada em um sistema de cotas e considera o volume de minérios comercializado por empresa. Atualmente o Programa de Normalização Internacional em Mineração cobre os setores de minérios de ferro (ISO/TC 102), minérios e concentrados de cobre e níquel (ISO/TC 183), além de níquel e ligas de níquel (ISO/TC 155), e está aberto a novos trabalhos mediante demanda das empresas. Mais especificamente, o IBRAM-CONIM:
Sedia o CB-41. Este é o comitê da ABNT responsável pelo desenvolvimento e revisão das normas técnicas brasileiras de minério de ferro, bem como por coordenar e formalizar a participação das empresas brasileiras nos trabalhos do Comitê da ISO para minérios de ferro, que é o TC 102 – Iron ores. O CB-41 foi construído como comitê espelho do TC 102. Assim, para cada Comitê do TC 102 (Amostragem, Análise Química e Ensaios Físicos e Metalúrgicos) o CB-41 tem uma Comissão de Estudo para receber, discutir e chegar a um consenso sobre a posição brasileira nas votações dos projetos ISO. O âmbito de atuação do CB-041 é a Normalização no campo de minérios de ferro, no que concerne a terminologia, métodos de amostragem, preparação de amostras, determinação de umidade, determinação da distribuição granulométrica, análises químicas e ensaios físicos.
Sedia a CEE-081 (Comissão de Estudo Especial de Minérios, Concentrados e Produtos Primários de Cobre e Níquel). Esta Comissão tem como objetivo a Normalização no campo de minérios, concentrados e produtos primários de cobre e níquel no que concerne a especificações, terminologia, pesagem, amostragem e preparação de amostras, análise química, ensaios físicos de minério e concentrado de cobre, resíduos de smelter, minério de níquel, níquel e ligas de níquel. Esta comissão da ABNT é a responsável pelo desenvolvimento e revisão das normas técnicas brasileiras de minérios, concentrados e produtos primários de níquel, e coordena e formaliza a participação das empresas brasileiras nos trabalhos dos Comitês da ISO para cobre e níquel (ISO/TC 155 e ISO/TC 183).
Prepara (política e tecnicamente) as delegações brasileiras para participar nas reuniões dos comitês técnicos da ISO, além de participar destas reuniões, em conjunto com especialistas das empresas mantenedoras.
Mantém para o Brasil/ABNT a Secretaria do Subcomitê do TC 102 responsável pela normalização de ensaios físicos e metalúrgicos de minérios de ferro (ISO/TC 102/SC3).
Acompanha a evolução dos projetos conduzidos no ISO/TC 102 (minérios de ferro), ISO/TC 183 (minérios e concentrados de cobre, níquel, zinco e chumbo) e ISO/TC 155 (níquel e ligas de níquel), com alerta sobre períodos para comentários e votos brasileiros. Presta suporte de secretaria às lideranças brasileiras de Grupos de Trabalho na ISO e ABNT.
Sedia as reuniões das Comissões e Grupos de Trabalho de Amostragem (CE 01), de Análise Química (CE 02), Ensaios Físicos e Metalúrgicos (CE 03) e Comissão de Estudo Especial de minérios, concentrados e produtos primários de cobre e níquel (CEE-081), de acordo com os programas da ABNT e da ISO.
Mantém a estrutura administrativa que permite o agendamento e a organização destas reuniões, a infraestrutura de escritórios e serviços de secretaria destes comitês, propiciando aos integrantes destes grupos de discussão, que desenvolvem outras atividades profissionais em suas empresas, o necessário apoio para que os trabalhos se desenvolvam a contento.
Coordena a preparação de cursos de treinamento sobre conteúdo e aplicação das normas (treinamentos abertos e “in company”). Importante reforçar que essa participação traz vantagens significativas para as empresas de mineração, tais como:
– impede que se vinguem propostas e desenvolvimento de normas tendenciosas;
– grande aprimoramento das instalações de amostragem e laboratórios (especialmente pela nossa participação em interlaboratoriais internacionais);
– treinamento de alto nível dos profissionais envolvidos, por meio do aprofundamento do seu conhecimento tanto da elaboração e aplicação, quanto da limitação das normas;
– contato sistemático com pessoal técnico dos clientes e concorrentes;
– valiosa experiência internacional dos profissionais envolvidos.
Segue um breve descritivo sobre as Comissões de Estudo:
CE-01: Comissão de Amostragem de minério de ferro
Quem pode participar:
– representantes das empresas mantenedoras do CONIM, com conhecimento do assunto;
– outras empresas previamente indicadas pelas mineradoras participantes da Comissão, incluindo prestadores de serviços.
Periodicidade de reuniões: definida de acordo com o calendário da ISO, em função dos trabalhos internacionais e a reunião bienal, geralmente composta de 4 a 5 por ano.
Coordenação empresa associada: CSN
Contato: julio.nery@ibram.org.br / rejane.carvalho@ibram.org.br
CE-02: Comissão de Análise Química de minério de ferro
Quem pode participar:
– representantes das empresas mantenedoras do CONIM, com conhecimento do assunto;
– outras empresas previamente indicadas pelas mineradoras participantes da Comissão, incluindo prestadores de serviços.
Periodicidade de reuniões: definida de acordo com o calendário da ISO, em função dos trabalhos internacionais e a reunião bienal, geralmente composta de 4 a 5 por ano.
Coordenação empresa associada: Vale
Contato: julio.nery@ibram.org.br / rejane.carvalho@ibram.org.br
CE-03: Comissão de Ensaios Físicos e Metalúrgicos de minério de ferro
Quem pode participar:
– representantes das empresas mantenedoras do CONIM, com conhecimento do assunto;
– outras empresas previamente indicadas pelas mineradoras participantes da Comissão, incluindo prestadores de serviços.
Periodicidade de reuniões: definida de acordo com o calendário da ISO, em função dos trabalhos internacionais e a reunião bienal, geralmente composta de 4 a 5 por ano.
Coordenação empresa associada: Vale
Contato: julio.nery@ibram.org.br / rejane.carvalho@ibram.org.br
CEE-081: Comissão de Estudo Especial de Amostragem e Análise Química de minérios, concentrados e produtos primários de cobre e níquel
Quem pode participar:
– representantes das empresas mantenedoras do CONIM, com conhecimento do assunto;
– outras empresas previamente indicadas pelas mineradoras participantes da Comissão, incluindo prestadores de serviços.
Periodicidade de reuniões: definida de acordo com o calendário dos dois Comitês da ISO que compõem esta CEE, em função dos trabalhos internacionais e das reuniões bienais, geralmente composta de 8 a 10 por ano.
Coordenação do IBRAM:
Diretoria de Sustentabilidade e Assuntos Minerários do IBRAM
Além de ferro, cobre e níquel, o IBRAM-CONIM também sedia a ABNT/CEE-220-Comissão de Estudo Especial de Elaboração de Projetos para Disposição de Rejeitos e Estéreis em Mineração, cujo âmbito de atuação é a Normalização no campo de elaboração de projetos para disposição de rejeitos e estéreis em Mineração.
Contato: julio.nery@ibram.org.br / rejane.carvalho@ibram.org.br
Benefícios da participação nos trabalhos de normalização:
Comerciais
Possibilita a defesa de interesses das empresas mineradoras no estágio de elaboração das normas;
Propicia a ocupação de posições-chave na estrutura da ISO ou ABNT.
Planejamento estratégico
Permite à empresa avaliar cenários e tendências tecnológicas e mercadológicas do setor, bem como a reação dos fornecedores concorrentes.
Técnicos
Possibilita a participação da empresa em testes interlaboratoriais internacionais, o que é um excelente instrumento para mensurar e aprimorar a eficiência dos laboratórios e sistemas de amostragem;
Promove o desenvolvimento técnico e aperfeiçoa a comunicação verbal e escrita, dos seus participantes, inclusive na língua inglesa;
Proporciona estreito contato com concorrentes e clientes;
Traz à tona tecnologias de ponta dos setores envolvidos.